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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

“Peripécias de Gusia no país de Albruthamahi”

III - Bruto
 Bom, o segundo lugar que ele conheceu, se não me falha a memória, foi a terra de Bruto. Na verdade, quando ele conheceu, assim como no primeiro caso, já era mais de meia-noite. Foi lá na fronteira do Paraguai. Ele só chegou lá através de Alque, que dava passagem para Bruto.
 Quando ele conheceu a terra, ela estava meio arrasada, haviam passado por ali algumas tempestades. Comovido com a tristeza daquele povo, Gusia resolveu ajudar. Se hospedou ali por um bom tempo, tentou construir algumas coisas, plantou boas coisas naquela terra – que era extremamente fértil.
 A terra de Bruto não sabia muito bem a que reino pertencer. Havia ali habitantes que dançavam e batiam palmas, outros que só gritavam e gostavam muito de fogo. Havia ainda, um outro povo naquela terra, um povo que usava véu em suas cabeças. Eles diziam que eram o único e oficial povo do reino.
 Mais tarde, Gusia mostrou ao povo de Bruto que o reino era um só e universal. Não importava como eles se comportavam, usos e costumes eram só detalhes, e isso era o que tornava aquele povo especial. O importante mesmo é que eles falassem uma só língua, e que tivessem um só alvo.
 Bruto era uma região montanhosa. Embora fosse fértil, tinha grandes relevos. Era constituída de altos e baixos. Mas no meio daquela terra corria um rio. Era grande e forte, capaz de mudar o rumo das coisas. Pra falar bem a verdade, era o rio que conduzia o povo. Era o rio que fazia a terra produtiva e cheia de vida, pois, sem o rio, nada podemos fazer.
Dezembro de 2010.

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Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brazil
Estudante, 20 anos, canceriano, feio, humanossexual, paulista, moreno, trompetista, leitor, magro, palhaço, amante. Ator, voluntário do Greenpeace, sonhador e aspirante a Hippie com tendências circenses. E provisório.

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