V - Manie
Ah, e por falar em valores de uma terra, me lembrei agora do quarto lugar que Gusia conheceu: a terra de Manie! Manie é uma terra cheia de valores que quase ninguém conhece.
Eu acho que ninguém conhece os valores por que não conhece a terra... Sei lá, tipo, Gusia mal conheceu Manie, e já ficou encantado com tanta beleza.
Ah, eu sei a data exata de quando Gusia conheceu a terra de Manie! Foi no décimo nono giro da Terra em torno de si mesma, do segundo mês, de dois milhares de anos mais nove voltas da Terra em torno do astro maior, aquele que governa o dia. Era de noite, mas não era já mais que meia-noite como na terra de Alque e Bruto.
Havia alegria naquele dia, pois a terra completava catorze ciclos iguais em torno do sol – governante do dia. Eu só lembro a data certinha porque anotei tudo. Na verdade, eu anoto tudo que posso daquelas histórias que Gusia conta.
Sobre a terra de Manie ele não fala muitas coisas, diz que não consegue expressar com palavras o que viu por lá.
Gusia disse uma vez, que lá não se deve acreditar no que vê, e sim, buscar aquilo que não se vê. De início eu não entendi muito bem, mas depois acho que ficou mais claro. Aquilo que se vê, deve ser algo material, físico e visível (Oh, visível! Sério?)... Eu só não entendi o porquê de não acreditar nisso. Acho que não acreditar, não significa negar sua existência, e sim sua importância.
Quanto ao buscar aquilo que não se vê, acho que é justamente o contrário... Tipo, dar mais importância ao oposto daquilo que se vê!
Tá, oposto daquilo que se vê, tá na cara que é o invisível... Mas é aí que tá o problema, eu não saquei ainda o negócio de dar importância ao invisível... Sabe como é né? Eu não sou aquele tipo de pessoa mais flexível do mundo, que muda de ponto de vista assim, da noite pro dia.
Dezembro de 2010.
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