O Índio Na Fotografia Brasileira

"Tupi or not tupi, this is the question."

Oswald de Andrade

Recentemente me converti à fotografia. Não que ela seja uma religião ou ideologia política, mas algo próximo de uma linda filosofia de vida. 

Qualquer dia desses, posto aqui algo sobre fotografia e os maiores fotógrafos de todos os tempos e da atualidade e de todos os cantos do mundo e as fotografias mais premiadas e as mais polêmicas e as mais lindas e as mais qualquer coisa. Prometo. Mas enquanto esse dia não chega, vou compartilhar com vocês um único projeto, que envolve dezenas de fotógrafos, brasileiros ou não, de séculos atrás e dos dias de hoje. Entre eles, figuras históricas do Brasil como o Marechal Rondon e fotógrafos pra lá de famosos, como Sebastião Salgado.

O Índio Na Fotografia Brasileira (Fonte: Internet)

"O objetivo é apresentar para o público em geral 

um panorama sobre a representação do índio

 na fotografia brasileira."

Leonardo Wen, em entrevista ao blog do Instituto Moreira Salles

Iniciado em janeiro de 2013, o premiado projeto de pesquisa Iconografia fotográfica dos povos indígenas do Brasil de autoria do fotógrafo Leonardo Wen, reúne num único site 3 séculos de registro dos índios brasileiros, sob os mais diversos olhares e aspectos.

Patrocinado pela Fundação Nacional de Artes, Ministério da Cultura e Governo Federal, a pesquisa tem como fonte, além dos acervos pessoais de alguns dos fotógrafos, órgãos como o Museu do Índio e a Biblioteca Nacional.
O site me fez lembrar da exposição ~Ofayé: Passado e Presente~ de autoria do Dr. Giovani José da Silva (professor da UFMS/NA) que retratava a passagem do antropólogo Darcy Ribeiro por essas bandas em 1948, estudando a vida dos antigos donos das terras de Moura Andrade, os povos Ofayé Xavante, que além de servir como base ao TCC da então acadêmica Maria Eunice Carvalho, foi justificativa à criação do Selo Ofayé e do Dia Municipal do Povo Ofayé, comemorado em 20 de abril por iniciativa do vereador petista Vicente Lichoti.

Aos estudantes, futuros antropólogos, historiadores, fotógrafos e curiosos de plantão, sem dúvidas esse é um brilhante pontapé inicial. Apreciem com moderação. Ou não.