Sombra
Boa não tinha e-mail.
Escreveu
um bilhete:
"Maria me
espera debaixo do ingazeiro
quando a
lua tiver arta."
Amarrou
o bilhete no pescoço do cachorro
e
atiçou:
Vai
Ramela, passa!
Ramela
alcançou a cozinha num átimo.
Maria
leu e sorriu.
Quando a
lua ficou arta Maria estava.
E o amor
se fez
Sob um
luar sem defeito de abril.
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