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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Prosopopéia Sobre o Amor

A poesia que eu te daria não é essa
Essa ri muito e é sobre nada.
Além de ser inconveniente e nas horas mais impróprias.
Afinal, nem sei que horas são essas.

Como posso então falar de amor?

Pouco importa agora se meus copos descartáveis podem ser lavados e reutilizados ou se a NSA leu os e-mails que te mandei.
Não sei mais calcular a raiz quadrada de Pi, tampouco explicar a origem do arco-íris ou dizer mais de dez palavras sobre genes recessivos e dominantes.

Como posso então falar de amor?

Te dei dezenove beijos, catorze abraços e onze sorrisos. Sendo a distância entre os corações, de seis centímetros, calcule o amor.

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Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brazil
Estudante, 20 anos, canceriano, feio, humanossexual, paulista, moreno, trompetista, leitor, magro, palhaço, amante. Ator, voluntário do Greenpeace, sonhador e aspirante a Hippie com tendências circenses. E provisório.

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