Jejum, presente em várias religiões ao redor do mundo |
Jejum. Com certeza você já ouviu essa palavra.
A prática do jejum está presente em diversas religiões ao redor do mundo, podendo ser total, onde a pessoa se priva totalmente de ingerir qualquer substância, ou parcial, onde admite-se a ingestão de bebidas ou alimentos específicos.
Segundo relatos bíblicos, Moshe teria jejuado por 40 dias e 40 noites. Outros personagens da bíblia a repetirem a façanha, foram os profetas Eliyahu e Yeshua.
Os judeus jejuam no Yom Kippur. Os muçulmanos, no Ramadan. Os cristãos e os budistas jejuam casualmente, como no caso dos católicos, que também aderem à prática na Quaresma.
No sentido religioso, a prática do jejum está associada à purificação, através da submissão das necessidades do corpo, às do espírito. Jejuando, o praticante quer dizer que alimentar a alma é mais importante que alimentar o corpo. No caso do budismo, o jejum é motivado também pela necessidade de se reconhecer a importância do alimento e pela busca do auto-controle.
Além do sentido religioso, o jejum pode adquirir significado de protesto, numa expressão conhecida como greve de fome. A pessoa se priva de alimentos até que uma determinada situação ou problema seja solucionado. Especialista nisso, tendo jejuado por longos períodos mais de 15 vezes, temos o lendário indiano Mohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido pelo título de Mahatma Gandhi. Casos recentes que ganharam notoriedade na mídia, foram os do palestino Samer Issawi, que jejuou por 8 meses, período em que ficou sob custódia da justiça israelense, e dos mais de 450 presos políticos do Egito, que iniciaram em 23 de dezembro uma greve de fome, como forma de denunciar as desumanidades cometidas pelos opositores de Mursi.
Agora que já sabe o que é jejum, o que acharia se eu te dissesse que há pessoas que jejuam há mais de 70 anos? Duvida? Então, senta que lá vem a história.
Prahlad Jani, nos testes de 2010 |
Não lembro exatamente quando, mas vi uma matéria no site G1 sobre um indiano (sempre eles, né?!) de 83 anos que dizia não comer nem beber há 70. É como se o sujeito fosse capaz de fazer fotossíntese, alimentando-se apenas da luz do sol e de oxigênio. Como se não bastasse, ele também não urina, nem defeca. Estou falando de Prahlad Jani, um Sadhu.
- Ah, mas ele pode estar fazendo isso tudo escondido – o cara mora numa caverna.
Na verdade, não. E isso quem disse foi a equipe médica composta por mais de 20 especialistas, liderados pelo renomado neurofísico indiano Sudhir Shah, que vigiou examinou o sujeito por 2 semanas durante testes realizados em 2010. Até a água da banheira em que ele se lavava era medida antes e depois do banho, sem ele saber, para se certificar de ele não tinha tomado uns goles.
- Mas se ele não come, não bebe, não urina nem defeca... Como ele vive?
Como, exatamente, nem a ciência conseguiu (ou não quis) explicar. Decidiram manter os resultados como confidencial. Algo me diz que de alguma forma os EUA vai roubar esse conhecimento e aprimorá-lo para a guerra. Tudo que foi divulgado é que sua urina e fezes são reaproveitados pelo organismo. E para a fonte de sua alimentação, segundo ele, a deusa Amba fez um furo no céu de sua boca, de onde nasce um líquido doce que o alimenta. Interessante, não?
Como sou nada curioso, fui pesquisar sobre o assunto e descobri que essa prática é chamada de INÉDIA ou RESPIRATORIANISMO, e é bastante comum em um país. Sabe qual? Isso mesmo, a Índia. Os indianos levaram o jejum ao nível Chuck Norris.
A técnica, que para alguns é uma filosofia de vida, consiste em alimentar-se apenas da energia vital, cujo nome pode variar de uma cultura para outra. Em países do Oriente como Japão e China, é chamado de Qi. Na Índia, de Prana. Aqui no ocidente, chamamos de energia vital. A ciência a conhece como psicoenergia ou mesmerismo, que nada mais é do que magnetismo animal.
Jasmuheen, hoje com 57 anos e no detalhe nos anos 90 |
Mas a inédia, ou alimentação prânica, não é praticada apenas na Índia. No final dos anos 90 ela se popularizou através de uma distinta senhora australiana chamada Ellen Greve (que nada tem a ver com greve de fome), que hoje com 75 anos de idade, ainda vive divulgando a prática da inédia pelo mundo.
Jasmuheen, como ficou conhecida, afirma alimentar-se da luz solar e desde que tornou-se figura pública, ganhando multidões de seguidores (inclusive no Brasil), teve seu nome ligado à várias polêmicas, desde sua recusa a participar de testes em institutos científicos, à casos de morte atribuídos à prática da inédia, como os de uma senhora da suíça e da australiana Verity Linn.
Seriam Prahlad Jani e Ellen Greve, charlatões? Teriam eles alcançado um estágio avançado de conhecimento ou uma espécie de habilidade especial? Seria mesmo possível viver apenas de luz e ar?
Restam as dúvidas. E a dúvida, meus caros, é a mãe do conhecimento.