Quando Jesus veio ao mundo, a religião já existia. Já se matava e morria por ela. As sinagogas já existiam, cheias de seus religiosos. E as diferenças causadas por isso também já existiam. Mas Jesus propôs algo diferente. Ele deixou claro que aquilo era errado. Sua mensagem destruía completamente tudo que era aceito até então: “Não vim trazer paz, mas espada!”
Qual cristianismo você diz conhecer? Qual ‘euangélion’ você ouviu?
A igreja que se diz apostólica, ao mesmo tempo se diz romana. Por acaso não foram os romanos que crucificaram Jesus, e mataram seus seguidores? Esta mesma igreja destruiu dezenas de escritos e escolheu quais fariam parte daquilo que hoje conhecemos como Bíblia – o livro sagrado dos cristãos.
Esta mesma igreja para o planeta um líder. Líder este que se diz infalível, no entanto, muitos deles superaram qualquer um tido como tirano pela história. Esta mesma igreja que controlava os copistas, que tinham como ofício, criar cópias das cópias das cópias das cópias de um suposto pergaminho original, também de posse da dita igreja, assim como as cópias dele geradas.
Desta mesma igreja surgiram outras seitas com ideologias próprias e até mesmo, bíblias próprias. Evangélicos, protestantes, pentecostais, entre tantos outros. Batista, Metodista, Luterana, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos Dos Últimos Dias, Assembleia de Deus, Sara Nossa Terra, Deus é Amor, Só o Senhor é Deus, Universal do Reino de Deus, Internacional da Graça de Deus, Mundial do Poder de Deus, Tabernáculo da Fé, e tantas outras centenas de milhares de denominações, e o melhor: Tudo isso, se diz cristianismo!
Mas ora, ora... Que engraçado. Eu jurava que esse tal de Jesus havia pregado a unidade. Bem, mas o mundo está cheio de estudiosos, doutores. Quem sou eu para questionar, não é mesmo?
Diante disso, não posso deixar de me perguntar: Qual “JESUS” você conhece?
Gandhi teria dito que amava Cristo. Só não amava os cristãos. E justificava: “Eles são tão diferentes dele!”.
Ao estudar as escrituras que acredito ser a bíblia sagrada, ou seja, que contém as palavras ditas por Jesus, e que confio estarem traduzidas de forma bem próxima do original, não posso deixar de sentir nojo do cristianismo vivido hoje.
Ao ler a bíblia, fica mais do que claro que Jesus não queria que fizéssemos o que fazemos.
Estamos vivendo errado. E segundo o que cremos (nós, que nos consideramos cristãos), posso afirmar com segurança: O céu está longe. Muito longe!
Jesus não nos ensinou a construir templos suntuosos e cheios de luxo. Não disse que deveríamos ir à igreja. Aliás, uma palavra que ele nunca disse, foi igreja. Pelo menos não esse tipo de igreja que conhecemos hoje. Jesus era contra dissenções, inveja, avareza, riqueza, corrupção, maldade, e afins.
O Jesus que conheci, ensinou a humildade. Foi até as menores pessoas da sociedade. O mais instruído em quem ele confiou, Judas, que estudara em Iscaríades, o traiu (?). Esse Jesus ensinou o amor, a justiça e o perdão.
Esse Jesus não tinha profissão. Não tinha casa. Não tinha família. Esse Jesus não morreu de fome, nem de frio. E nunca esteve em solidão.
O Jesus que conheci foi contra o Sistema daquela sociedade. Ensinava a ser diferente; tratava não com igualdade, mas considerando sempre o outro maior que si mesmo. Esse jesus se opôs a todas as tradições errôneas, ás quais as pessoas já estavam habituadas, exatamente como é hoje. Jesus quebrou regras e protocolos. Rompeu paradigmas e dogmas.
Esse Jesus foi além do comum. Foi perseguido, torturado e assassinado por isso. Por que era diferente. Queria que tudo fosse diferente. Queria que eu fosse diferente.
Esse Jesus queria que o nosso hoje fosse diferente do hoje dele.
E é?
(Agradecimento especial ao Silvio Neto, por me ceder seu notebook, para eu escrever esse artigo esquisito, e á toda a sua família, por me acolherem nesse dia chuvoso.)
(Agradecimento especial ao Silvio Neto, por me ceder seu notebook, para eu escrever esse artigo esquisito, e á toda a sua família, por me acolherem nesse dia chuvoso.)
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